Hiperautomação do CSC amplia sua eficiência

Hiperautomação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) ampliam sua eficiência, tornando-o ainda mais estratégico.

Estrutura que integra atividades intermediárias de uma organização pode e deve virar modelo de excelência digital, a fim de combater erros, desperdícios e assegurar eficiência e ganhos ao core business

O que é um CSC?

Um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) é uma unidade organizacional que centraliza as funções de suporte e serviços administrativos em uma única estrutura.

Essa estrutura é criada para atender às necessidades de diversas áreas de uma organização, como recursos humanos, financeiro, contábil, tecnologia da informação, compras e outras funções comuns.

O objetivo principal de um CSC é melhorar a eficiência operacional da organização, reduzindo custos e aumentando a qualidade do serviço prestado.

Ao centralizar as funções de suporte, um CSC permite que as áreas de negócio da organização se concentrem em suas atividades principais e sejam mais produtivas.

Além disso, um CSC também pode fornecer uma visão mais holística dos processos e atividades da organização, o que pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria e inovação em toda a empresa.

Os CSCs são comuns em grandes empresas e organizações multinacionais, pois oferecem uma maneira eficaz de gerenciar e coordenar as funções de suporte em várias geografias e unidades de negócio.

Hiperautomação

Conforme levantamento envolvendo 200 organizações, a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC) constatou que 97% delas dispõem de um CSC.

Modelo de negócios que chegou ao Brasil na década de 1980, os CSCs ao longo do tempo foram incorporando inovações tecnológicas. Essas, agora, evoluem para a hiperautomação.

Por hiperautomação, entende-se a adoção intensiva e em convergência de robotização (RPA ou Robotic Process Automation), Inteligência Artificial (IA), big data, entre outras soluções de ponta.

Para o fundador e CEO da ROIT, empresa de tecnologia e inovação contábil, fiscal e financeira, Lucas Ribeiro, a hiperautomação transforma o CSC em um núcleo de excelência digital estratégico, potencializador de resultados da organização.

“A transformação digital é muito mais do que apenas tecnologias aplicadas; está diretamente ligada à capacidade da empresa e das pessoas em abrir espaço para jogar os processos atuais no lixo e recriar tudo, sem egos, com novos olhares e uma premissa: ninguém deve fazer absolutamente nada que não seja absolutamente indispensável. Ou seja, é ganho de tempo, eficiência e combate a erros e desperdícios. A eficiência máxima e com mínima dependência humana viabiliza ganhos de escala e permite, por exemplo, adquirir e absorver novas empresas e novos negócios com assertividade”, argumenta Lucas Ribeiro.

Dessa forma, continua o especialista, as empresas começam a perceber que o CSC de outro modo. Seus fluxos hiperautomatizados se configuram não apenas em uma estrutura intermediária como também estratégica.

“Deixa de ser encarada como um ‘diferencial’, algo importante, porém até dispensável, para ser entendida como estrutura vital. Porque é justamente a hiperautomação que garantirá os melhores resultados. Não apenas a troca de processos e pessoas de um lado da organização para outro”.

Isso permite que tarefas operacionais, impossíveis de serem realizadas por pessoas, em quantidade e em tempo real, façam parte da rotina de gestão.

Os profissionais, assim, ficam livres de atividades mecânicas e burocráticas para se dedicarem ao planejamento e às decisões estratégicas.

Os serviços de análise de dados ganham em escala e em qualidade. “Os Centros de Serviços Compartilhados tornam-se verdadeiros Centros de Excelência Digital, e não apenas centros de pessoas ou de robôs nada inteligentes”, sublinha Lucas Ribeiro.

Mudanças associadas

Essa transformação digital não pode se limitar, porém, às soluções de tecnologias da informação.

Ribeiro defende a incorporação de uma “cultura digital”, para que essa transformação se dê plenamente.

Tal cultura inclui equipes mais integradas e colaborativas, comunicação assertiva e hierarquização flexível.

Assim, todos os setores e lideranças da organização passam a reconhecem a digitalização como necessária e indispensável.

Para organizações que queiram dar um primeiro passo, o CEO da ROIT recomenda antes de tudo fazer um mapeamento das tarefas e dos processos vigentes.

O objetivo desse levantamento é de verificar aqueles processos dispensáveis ou ineficientes.

“Muitas vezes, há fluxos incorporados à rotina, mas que não fazem sentido, ou podem ser otimizados. Então, antes de iniciar a hiperautomação, é preciso compreender quais processos de fato contribuem para a eficiência, para então hiperautomatizá-los”.

A Anuva pode contribuir com esse processo, mapeando e otimizando os processos existentes, antes de automatizá-los. Assim, ampliam-se e agilizam-se os ganhos com a automatização.



Autor: Marco Antonio Portugal
Marco Antonio Portugal. Mestre em Gestão da Inovação e Engenheiro Civil pelo Centro Universitário da FEI, com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV, MBA Executivo em Administração pelo Ibmec e MBA em Administração pelo Centro Universitário da FEI, possui mais de 25 anos de experiência no setor de Construção Civil. Possui certificação como Project Management Professional – PMP® pelo Project Management Institute – PMI.

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